segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Stellantis corta previsões e ações despencam em meio à crise

 A Stellantis, conglomerado automobilístico que engloba marcas como Fiat, Jeep, Dodge e Chrysler, revisou suas previsões para o ano. A montadora, que já vinha enfrentando dificuldades no mercado global, anunciou planos para reduzir a produção e aumentar os gastos com incentivos promocionais em um cenário mais competitivo e de desaceleração no setor automotivo.

Redução nas projeções de lucro e fluxo de caixa

De acordo com um comunicado divulgado na última segunda-feira (30), a Stellantis informou que sua margem de lucro operacional ajustada deverá cair para a faixa entre 5,5% e 7% em 2024. O percentual está bem abaixo do que havia sido projetado anteriormente, que indicava margens de dois dígitos. A montadora também revisou suas projeções de fluxo de caixa livre industrial, que agora variam de negativo € 5 bilhões a negativo € 10 bilhões. A mudança drástica nas ações resultou em uma queda de até 14% nas ações da Stellantis na Bolsa de Milão, a maior queda intradiária desde março de 2020.

Pressões no mercado norte-americano

A Stellantis não está sozinha em seus desafios; o mercado automotivo global passa por um momento delicado, com outras gigantes, como Volkswagen e Mercedes-Benz, também ajustando suas previsões. No entanto, os problemas da Stellantis são graves na América do Norte. Nos Estados Unidos, investidores e concessionários estão insatisfeitos com o desempenho da companhia. Os críticos avaliam a linha de veículos desatualizados e apontam falhas na gestão do excesso de estoques, que se acumulam nos pátios das rodovias.

Busca por ajustes na produção e estoques

Em resposta a esses desafios, a Stellantis anunciou uma estratégia mais forte para ajustar sua oferta de veículos. A empresa planeja produzir 200 mil veículos a menos no segundo semestre, o dobro do corte inicialmente previsto. A montadora também pretende alinhar os estoques dos concessionários, com uma meta de não ultrapassar 330 mil unidades até o final do ano, um ajuste que havia sido originalmente planejado para ocorrer apenas no primeiro trimestre de 2025. Paralelamente, a empresa planeja aumentar os gastos com incentivos promocionais, buscando impulsionar as vendas e reduzir os estoques em excesso.

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