A Aeris, fabricante brasileira de pás para geradores de energia eólica, convocou seus debenturistas para uma assembleia geral virtual em 8 de janeiro. A pauta inclui a aprovação prévia de um adiamento de até 60 dias no pagamento da amortização e dos juros da primeira emissão de debêntures da Aeris, cujo vencimento original está previsto para 15 de janeiro.
Além disso (pagamento de juros da Aeris), a empresa busca a permissão para descumprir temporariamente um índice financeiro especificado nos contratos das debêntures, sem que isso se considere inadimplência. A flexibilização valeria até a medição trimestral com base nos dados financeiros de 12 meses encerrados em 31 de março de 2025.
Desafios financeiros inviabilizam pagamento de juros da Aeris
De acordo com o último balanço trimestral divulgado, a Aeris enfrenta desafios financeiros em meio a um mercado global de energia renovável cada vez mais competitivo. Em setembro de 2024, a empresa reportou um prejuízo líquido de R$ 90,8 milhões, uma deterioração em relação ao mesmo período de 2023, quando registrou lucro de R$ 12 milhões.
A companhia, que é uma das maiores fabricantes de pás eólicas do Brasil, também tem lidado com atrasos em contratos e aumento nos custos operacionais, afetando seu fluxo de caixa e a capacidade de honrar compromissos financeiros no prazo. A aprovação das medidas (pagamento de juros) será fundamental para que a Aeris possa ganhar fôlego enquanto busca soluções para estabilizar sua situação financeira.
Família Negrão recebe proposta de venda da Aeris da chinesa Sinoma
Em meio a dificuldade para pagamento de juros, a família Negrão recebeu uma proposta de venda da empresa Aeres pela Sinoma Blade, uma companhia chinesa interessada em assumir o controle da fabricante de pás eólicas, segundo informações do Pipeline.
A proposta, liderada por Wang Xin, teve envio em novembro à Estáter, empresa contratada para intermediar a negociação. A oferta incluía um valor acima do preço de mercado da Aeres. No entanto, de acordo com fontes próximas ao assunto, os controladores da empresa não se interessaram pela proposta. A Sinoma solicitou uma resposta dentro de 60 dias à sua proposta, ou seja, até 4 de janeiro
fonte: Allan Ricardo
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