2024, definitivamente, não termina como apontavam as projeções econômicas. As expectativas eram otimistas em dezembro do ano passado, apontando para a Selic caindo a 9%. O segundo semestre, porém, trouxe novo aperto monetário, e o Brasil entra em 2025 com juros a 12,25%. Com as mudanças no cenário macroeconômico, não foi fácil investir em 2024.
Nem os investidores mais conservadores passaram ilesos pela volatilidade, já que a rentabilidade de títulos públicos chegou a -18% no ano. Na Bolsa, a percepção de risco fiscal causou tombo de mais de 9% no Ibovespa.
Mas, mesmo diante das incertezas, alguns investimentos se destacaram positivamente – e as oportunidades puderam ser aproveitadas também pelo investidor brasileiro.
“Globalmente, muitas coisas foram bem, apesar das grandes incertezas que ainda pairam no horizonte”, diz, em relatório, Fernando Ferreira, estrategista-chefe e head do Research da XP, destacando o desempenho das ações globais.
Em cada classe, é possível listar ativos avaliados como boas aplicações ao longo do ano. Confira os destaques de cada grupo em 2024:
Criptomoedas
Em um ano de consolidação do mercado cripto, o Bitcoin (BTC) foi, novamente, o principal destaque. O ativo atingiu consecutivas máximas históricas impulsionado por movimentos como a aprovação de ETFs nos Estados Unidos, atraindo mais de US$ 50 bilhões em menos de um ano. Foi um ano que consolidou a validação do BTC como uma alternativa viável em carteiras de investimento tradicionais”, disse Bárbara Espir, country manager da Bitso Brasil.
Renda fixa
Quem investiu em títulos públicos em 2024 pode estar com a carteira no vermelho ou com rentabilidade acumulada abaixo do CDI. É o que aconteceu com os principais índices que acompanham prefixados e papéis atrelados à inflação do Tesouro Direto, com desempenho tímido entre 3,57% e 6,46% até novembro.
Fundos de investimento
O bom desempenho das criptomoedas também ajudou alguns fundos que investem nesse mercado. Do top 10 multimercados 2024, oito fundos estão relacionados à indústria cripto e apenas dois são de outra classe: ouro. Sobre as criptomoedas, Alexandre Costa, analista de fundos da Empiricus Research, destaca que “da mesma forma que pode subir mais de 100% num ano, pode cair 50% no seguinte. É importante ter uma parcela no portfólio pela diversificação, porém pequena”. A recomendação do analista é algo em torno de 1% a 5%.
fonte: Leonardo Guimarães
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