A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN – CSNA3) divulgou o balanço financeiro do terceiro trimestre nesta quarta-feira (13). A empresa teve um prejuízo líquido de R$ 751 milhões no terceiro trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 91 milhões do mesmo período do ano anterior. Segundo a CSN, esse desempenho mostra um resultado operacional mais fraco, combinado com o aumento das despesas financeiras. A baixa demanda chinesa e o impacto desfavorável das operações financeiras também influenciaram os níveis do balanço, restringindo o crescimento esperado.
Em comparação com o segundo trimestre de 2024, a CSN já havia registrado prejuízo, que agora se agravou em 237,3% neste período. A piora é explicada pela ausência do impacto positivo das operações de hedge de minérios, que favoreceu o resultado no segundo trimestre. Mesmo com a reversão do Imposto de Renda e Contribuição Social, o aumento das despesas financeiras superou os ganhos operacionais, resultando em uma queda no desempenho.
Balanço financeiro: queda no Ebitda e na margem da CSN
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da CSN totalizou R$ 2,284 bilhões, uma redução de 18,9% em relação ao terceiro trimestre de 2023. A margem Ebitda ajustada foi de 19,7%, uma queda de 4,6 pontos percentuais. Esse desempenho reflete a desvalorização dos preços dos minérios de ferro, o que, segundo a CSN, neutralizou o bom desempenho comercial, mesmo com um aumento de 9% nas vendas domésticas no setor siderúrgico e registros positivos nas divisões de mineração e cimentos.
“A incerteza no mercado global, especialmente com a oscilação na demanda chinesa, impactou diretamente os preços internacionais de minerais”, destacou a administração da CSN em comunicado.
A empresa reforça que o crescimento nas vendas no mercado interno e no setor de mineração evidencia sua resiliência. Além disso, o balanço financeiro da CSN oferece perspectivas mais otimistas para os próximos trimestres.
fonte: Marconi Bernardino
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