A Petrobras (PETR4 e PETR3) registrou um lucro de R$ 32,5 bilhões no terceiro trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 2,6 bilhões do segundo trimestre. Com esse resultado, a estatal anunciou a distribuição de R$ 17,1 bilhões em dividendos, que serão pagos aos acionistas em duas parcelas, previstas para fevereiro e março de 2025. A decisão acompanha uma política de recompensar acionistas enquanto a empresa fortalece sua posição financeira.
Recuperação sólida impulsiona pagamento de dividendos
Magda Chambriard, presidente da Petrobras, destacou que oresultado da Petrobras foi um reflexo de geração de caixa robusta e redução de dívidas, permitindo que a empresa mantivesse sua política de distribuição de dividendos. “Apresentamos um lucro líquido expressivo no trimestre, com uma forte geração de caixa e redução tanto da dívida financeira quanto da dívida bruta. Tudo isso em um cenário desafiador, de queda no preço do petróleo Brent”, disse Chambriard. No acumulado do ano, a Petrobras já destinou R$ 44,1 bilhões em dividendos, valor que, segundo a empresa, está alinhado com sua sustentabilidade financeira.
A recuperação veio mesmo em um contexto de queda de 6,6% na produção de petróleo e baixa de 7,6% no preço do Brent, referência para as vendas da Petrobras. A receita no trimestre, por sua vez, teve alta de 3,8%, chegando a R$ 129,5 bilhões, enquanto o Ebitda, que indica a geração de caixa, registrou uma leve queda de 3,8%, somando R$ 63,8 bilhões.
Influência do câmbio e aumento nas vendas compensam desafios
A desvalorização cambial de 6,3% durante o trimestre fizeram com que os resultados da Petrobras comepnsassem o impacto das baixas na produção e no preço do Brent, ao lado do aumento nas vendas de derivados de petróleo. No período, a empresa vendeu seus combustíveis por um preço médio de R$ 488,57 por barril, um aumento nominal de 5,3% em relação ao terceiro trimestre de 2023, o que ajudou a sustentar o resultado positivo.
Fernando Melgarejo, diretor Financeiro da Petrobras, destacou que não houve impactos financeiros relevantes de itens não recorrentes no terceiro trimestre, como ocorreu anteriormente, quando um acordo de quitação de dívida tributária gerou prejuízo para a estatal. O resultado reforça o controle financeiro da empresa, que atingiu no fim de setembro o menor nível de dívida financeira desde 2008, com um saldo de US$ 25,8 bilhões (aproximadamente R$ 147 bilhões).
Expectativa para novos investimentos e planos de dividendos
Com uma alta de 31,3% nos investimentos, que chegaram a US$ 4,5 bilhões no terceiro trimestre, a estatal reafirmou seu foco em áreas de exploração e produção de petróleo. Esses projetos, responsáveis por 84% dos aportes, são estratégicos para o futuro da companhia, segundo Chambriard. No acumulado do ano, os resultados da Petrobras somam US$ 10,9 bilhões (R$ 62 bilhões) em investimentos. O mercado aguarda com expectativa o plano de investimentos para os próximos cinco anos, a ser divulgado em 21 de novembro, que indicará o potencial de distribuição de dividendos nesse período.
A estatal já deu indícios de que estuda a possibilidade de reduzir o caixa mínimo e elevar o limite de endividamento, medida que poderia resultar em maior disponibilidade de recursos para dividendos. Além disso, a empresa retomou projetos paralisados, como a construção da fábrica de fertilizantes de Três Lagoas (MS), com um investimento estimado de R$ 3,5 bilhões, que será incluído no orçamento de cinco anos.
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