quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Eleição de Donald Trump traz desafios para exportações industriais e oportunidades no agronegócio

 A eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos trouxe incertezas sobre os negócios do país com o Brasil, em especial as exportações nos setores industriais e no agronegócio, conforme afirmam especialistas da Universidade de São Paulo (USP). Enquanto políticas protecionistas representam um desafio para a indústria, tensões comerciais entre EUA e China podem abrir espaço para novas oportunidades no agronegócio brasileiro, impulsionadas também pelos recentes acordos bilaterais entre Brasil e China.

Indústria em alerta com o protecionismo

As políticas protecionistas de Donald Trump já demonstraram impacto no passado. Durante seu primeiro mandato, o ex-presidente dos EUA impôs tarifas sobre aço e alumínio brasileiros, afetando exportações industriais.

Segundo Umberto Celli Junior, professor de Direito Internacional da USP, “Trump mostrou total desprezo por instituições como a Organização Mundial do Comércio (OMC), o que prejudicou o Brasil. Nada indica que ele não seguirá o mesmo caminho”, explica.

Os Estados Unidos também pressionam para que o Brasil perca o status de país em desenvolvimento. “Se essa política avançar, perderemos benefícios como isenções tarifárias, aumentando os custos das exportações e diminuindo a competitividade em setores-chave”, alerta Celli.

Apesar de as exportações brasileiras para os EUA terem somado US$ 19,2 bilhões no primeiro semestre de 2024 — um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior —, a indústria precisa se preparar para potenciais barreiras que podem dificultar o acesso ao mercado norte-americano.

Crescimento do agronegócio com tensões comerciais

Enquanto a indústria enfrenta desafios, o agronegócio brasileiro tem espaço para crescer, beneficiado por tensões comerciais entre EUA e China. Marcos Fava Neves, especialista em agronegócio, destaca que “se Trump repetir a política de 2018, a China deve retaliar, comprando mais soja, milho e algodão do Brasil”

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