Em outubro, a inflação impactou mais intensamente as famílias de renda baixa, como mostram dados do Indicador de Inflação por Faixa de Renda, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o levantamento, domicílios de renda muito baixa (com rendas abaixo de R$ 2.105,99) viram a inflação saltar de 0,58% em setembro para 0,75% em outubro. Para as famílias com renda mais alta, acima de R$ 21.059,92, houve uma desaceleração, com a taxa de inflação caindo de 0,33% para 0,27%.
Alimentos e energia aumentam pressão no orçamento dos mais pobres
Alimentos e energia elétrica foram os principais fatores que pressionaram a inflação das famílias de renda mais baixa. Os alimentos subiram 1,06% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e a energia elétrica teve alta de 4,74%, ampliando os gastos para os que têm menor poder aquisitivo.
De acordo com Maria Andreia Parente Lameiras, técnica do Ipea, “embora alimentos e habitação pressionem todos os estratos, o impacto é maior nas famílias de renda mais baixa, pois esses itens representam uma parcela maior do orçamento dessas famílias”, explica.
Por outro lado, a deflação nas passagens aéreas (-11,5%) e combustíveis (-0,17%) trouxe algum alívio para as famílias de maior renda, que, em média, alocam menos gastos em itens básicos.
Inflação em 12 meses é maior para renda muito baixa
Considerando os últimos 12 meses até outubro, a faixa de renda muito baixa registra a maior inflação, de 4,99%, enquanto a renda alta apresenta uma variação de 4,44%, abaixo da média do IPCA, que foi de 4,76%. Esse índice, utilizado pelo governo como referência para a meta inflacionária, mostra que a pressão sobre os preços persiste em patamares elevados, acima do teto da meta de 4,5%.
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