segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Ibovespa abre semana em queda com tensões fiscais e alta do dólar

 O Ibovespa abriu a semana em queda nesta segunda-feira (11), refletindo o cenário de incerteza fiscal no Brasil. A ausência de um anúncio definitivo do governo sobre o pacote de cortes de gastos pressiona o mercado, o que levou o índice da bolsa brasileira a recuar 0,33%, para 127.412 pontos logo na abertura. Em contrapartida, o dólar comercial registrou alta, sendo cotado a R$ 5,803, impulsionado pelas preocupações dos investidores com o cenário fiscal e o avanço dos juros futuros, refletindo em um mercado financeiro instável.

Vale e Petrobras influenciam o desempenho do Ibovespa

As ações da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) impactaram negativamente o Ibovespa na abertura. A queda no preço internacional do minério de ferro afetou a Vale, dada sua exposição ao setor de commodities. Já a Petrobras apresentou oscilações, mesmo com o recuo de 2% no preço do barril de petróleo, o que reduziu os ganhos da estatal e, consequentemente, o índice. Esse cenário de volatilidade reflete a dependência do mercado financeiro instável das ações dessas empresas, com a oscilação de ambas influenciando diretamente o desempenho do índice.


Debates sobre cortes de gastos aumentam tensões fiscais

A indefinição sobre as medidas de corte de gastos é o principal fator de apreensão dos investidores nesta abertura do Ibovespa. Após uma reunião que se estendeu por mais de três horas na última sexta-feira, 8, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros como Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), o governo ainda não chegou a um consenso. Sem decisão anunciada, Lula declarou que usaria o fim de semana para avaliar as propostas. A expectativa é que novas deliberações ocorram ao longo desta semana.

Medidas em análise para redução de despesas públicas

Dentre as propostas em discussão, destacam-se alterações no seguro-desemprego e no abono salarial. Para o seguro-desemprego, o governo avalia limitar o número de parcelas e estabelecer um critério de renda, com custo estimado em R$ 57 bilhões para 2024. Já no caso do abono salarial, há possibilidade de reduzir o limite de elegibilidade de dois para um e meio salário mínimo, o que poderia representar um impacto significativo nas despesas.

Outras possíveis medidas incluem a revisão dos pisos de gastos em saúde e educação, que poderiam ter seus crescimentos ajustados conforme os parâmetros fiscais atuais. O presidente, no entanto, se mostrou contrário à desindexação dos benefícios sociais ao salário mínimo, reforçando o compromisso com políticas de proteção social e com ajustes que não comprometam as camadas mais vulneráveis da população. Lula também estuda enviar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ou um projeto de lei ao Congresso para dar respaldo jurídico ao pacote de cortes.

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