segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Boletim Focus: expectativas econômicas em alta até 2026

 

O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Banco Central do Brasil aponta previsões de inflação acima do teto da meta e juros básicos elevados nos próximos anos, com impactos diretos na economia e no bolso do consumidor.

Previsões para inflação e metas econômicas

inflação projetada para 2025 avançou para 4,89%, superando o teto da meta de 4,5%. Já em 2025, a estimativa passou de 4,59% para 4,60%, mantendo-se fora do intervalo considerado ideal.

Para 2026, o cenário é mais estável, com expectativa de 4%, dentro do limite estabelecido pelo sistema de metas — que prevê um centro de 3% e variação entre 1,5% e 4,5%.

Entre os fatores que pressionam a inflação, especialistas destacam o aumento de gastos públicos, como reajustes salariais menores, cortes em áreas estratégicas e mudanças no abono salarial e na aposentadoria dos militares. Muitas dessas medidas dependem de aprovação legislativa e levarão tempo para gerar efeitos práticos.

Juros e impactos financeiros

O Banco Central elevou a taxa Selic para 12,25% ao ano e indicou novos aumentos. O mercado prevê que os juros atinjam 14% em 2025 e 11,25% em 2026.

A Selic é a principal ferramenta do BC para controlar a inflação, mas sua elevação encarece o crédito e reduz o consumo. Esse movimento pode impactar negativamente o crescimento econômico e o poder de compra, especialmente para as famílias de renda mais baixa.

Crescimento do PIB e taxa de câmbio

Apesar das dificuldades, o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou resultados positivos, com crescimento de 0,9% no terceiro trimestre. Isso levou o mercado a revisar a projeção para 2024, que subiu para 3,42%. Para 2025, a previsão aumentou para 2,01%.

O mercado também ajustou suas expectativas para o dólar. A cotação estimada para o final de 2024 subiu para R$ 5,99, e para o fim de 2025, para R$ 5,85. Esses números mostram a instabilidade política e econômica, além de pressões externas no cenário global.


Inflação: os impactos no cotidiano do consumidor

A alta da inflação reduz o poder de compra da população, especialmente das classes mais vulneráveis. Quando os preços sobem mais rápido que os salários, as famílias enfrentam dificuldades para adquirir produtos essenciais.

Por outro lado, juros elevados afetam financiamentos, cartões de crédito e empréstimos, aumentando o custo de vida. Esse cenário reforça a importância de planejamento financeiro e maior atenção às decisões econômicas do governo.

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