O Brasil ocupa a 46ª posição no ranking global de competitividade, conforme o Índice Firjan de Competitividade Global (IFCG), que avaliou 66 países. O estudo revela que Singapura lidera a lista, seguida de Suíça e Dinamarca, enquanto o Paquistão aparece na última colocação. Dez anos atrás, o Brasil estava na 40ª posição, uma queda de seis colocações no período.
Divulgado na quarta-feira (11), o estudo mostra fatores que limitam a competitividade brasileira. Segundo Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan, a falta de acesso a uma educação de qualidade é um obstáculo estrutural que afeta a qualificação profissional e a capacidade das empresas de se adaptarem às exigências tecnológicas.
“É urgente que o país implemente políticas públicas para superar essas barreiras e explore todo o seu potencial competitivo”, afirma Luiz Césio Caetano.
O levantamento considera quatro pilares: “Eficiência do Estado”, “Ambiente de Negócios”, “Infraestrutura” e “Capital Humano”. Na área de “Capital Humano”, o Brasil está na 33ª posição, refletindo o baixo investimento em educação e inovação. Enquanto países como Suíça e Coreia do Sul investem aproximadamente US$ 22 mil por aluno ao ano, o Brasil destina apenas US$ 3,7 mil.
Competitividade no Brasil: a eficiência do estado
O Brasil enfrenta sérias dificuldades no quesito “Eficiência do Estado”, ficando em 52º lugar. O pilar analisa indicadores como “Controle da Corrupção” e “Eficácia do Governo”, nos quais o país está entre os piores do ranking. A segurança jurídica e institucional brasileira é 31% inferior à média de nações como Dinamarca e Finlândia.
No quesito “Ambiente de Negócios”, o Brasil ocupa a 51ª posição, com baixa estabilidade política e fraca qualidade regulatória. O estudo destaca que a estabilidade política da Argentina supera a do Brasil, enquanto a qualidade regulatória brasileira é 52% inferior à chilena.
Infraestrutura defasada no cenário global
Em termos de infraestrutura, o Brasil ocupa a 47ª colocação. A taxa de investimento no setor é de apenas 18% do PIB, bem abaixo de países como China (43%) e Índia (33%). Além disso, o tempo médio para ter energia elétrica no Brasil é de 128 dias, enquanto na Índia são apenas 53 dias.
O estudo também aponta que melhorias estruturais são importantes para reverter o cenário. A Firjan apresentou um plano de ações no documento “Propostas Firjan para um Brasil 4.0”, que inclui estratégias para elevar a produtividade e melhorar a competitividade do país.
Os resultados reforçam a necessidade de priorizar políticas públicas que melhorem o ambiente de negócios, a infraestrutura e a eficiência do estado, promovendo assim uma recuperação competitiva no cenário mundial.
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