Seis dias após o forte temporal que atingiu a Grande São Paulo e causou falta de energia, a Enel anunciou nesta quinta-feira (17) que restabeleceu a energia para quase todos os 3,1 milhões de clientes. No entanto, cerca de 36 mil imóveis ainda continuam sem eletricidade. Esse número, segundo a empresa, é próximo ao de uma operação normal, em dias sem eventos extremos.
Restabelecimento de energia e normalidade operacional
O presidente da Enel Distribuição SP, Guilherme Lencastre, afirmou que a operação está próxima da normalidade. Ele explicou que, em dias comuns, o número de imóveis sem luz pode variar em torno de 36 mil. “Estamos muito perto da normalidade. Continuamos com nossa força-tarefa mobilizada, atuando em campo para resolver os casos pendentes, com prioridade para os clientes que estão há mais tempo sem energia”.
Lencastre também destacou que muitos clientes, que sofreram com a falta de energia, tiveram o fornecimento de energia restabelecido nas primeiras 24 horas após o temporal, com uma recuperação mais rápida do que no ano anterior. “Neste ano, recuperamos cerca de 79% da energia nas primeiras 24 horas, enquanto em 2023, esse percentual foi de 58%.”
Falta de energia e o prazo da Justiça
Embora a situação tenha melhorado, a falta de energia ainda afeta milhares de clientes, e a Enel precisa cumprir o prazo estabelecido pela Justiça. Na segunda-feira (14), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Ministério de Minas e Energia estipularam um limite de três dias para que a concessionária resolvesse os casos mais graves. Além disso, a Justiça de São Paulo, por meio de uma liminar, deu um prazo de 24 horas para que a empresa normalizasse o fornecimento, sob pena de multa de R$ 100 mil por hora em caso de descumprimento.
O prazo legal começa a ser contado na segunda-feira (21), após a intimação do representante legal da Enel e a publicação da sentença no Diário Oficial da Justiça, prevista para ocorrer neste sábado (18). Com isso, a empresa ainda tem alguns dias para resolver os problemas restantes.
fonte: Vitoria Costa Pinto
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