Na última terça-feira (22/10), a Receita Federal divulgou dados referentes às contas públicas do governo. O que chamou atenção foi o valor recorde na arrecadação do governo federal com impostos para o mês de setembro. Segundo a entidade, R$ 203,17 bilhões ingressaram nos cofres da União. Em comparação ao que se arrecadou no mesmo período do ano passado, o aumento real foi de 11,61%, já descontando a inflação pelo IPCA acumulada no período.
Por que houve recorde na arrecadação?
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encontra-se em Washington, capital dos Estados Unidos, para participar da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Porém, ainda na terça (22), o chefe da pasta não deixou de comentar sobre o recorde na arrecadação.
Para o ministro, o recorde de arrecadação registrado em setembro é resultado, principalmente, da recomposição da base fiscal, alcançada com o fim de medidas de auxílio voltadas às camadas mais ricas. Porém, Haddad contestou as alegações presentes em um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), que atribuiu o crescimento econômico do Brasil a estímulos fiscais, destacando que a recuperação se deve, em grande parte, à reestruturação fiscal promovida pelo governo.
“Nós vamos recompor a base fiscal. Até porque as despesas herdadas para as quais não havia fonte de financiamento têm que ser pagas”, explicou o ministro. Vale lembrar que, no fim do ano passado, o Congresso aprovou medidas que contribuíram para o recorde na arrecadação deste ano. A taxação de offshores (empresas de investimento no exterior), a antecipação de Imposto de Renda de fundos exclusivos e o fim de benefícios como a subvenção (subsídio) a gastos de custeio de grandes empresas.
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