Embora algumas taxas de juros médias nas concessões de crédito estejam em queda, os juros do rotativo do cartão de crédito para as famílias aumentaram 11,5 pontos percentuais em setembro, atingindo 438,4% ao ano. Mesmo com a limitação imposta ao crédito rotativo desde o início do ano, as taxas continuam variando sem uma redução significativa ao longo dos meses.
A medida, que tem como objetivo reduzir o endividamento, não interfere nos juros acordados no momento da contratação do crédito, sendo aplicável apenas a novos financiamentos. Nos últimos 12 meses até setembro, os juros dessa modalidade caíram 2,7 pontos percentuais. As informações que vieram a público nesta quarta-feira (30) pelo Banco Central (BC), por meio das Estatísticas Monetárias e de Crédito.
O crédito rotativo é utilizado quando o consumidor paga menos que o total da fatura do cartão de crédito, o que gera um empréstimo sobre o valor restante com a aplicação de juros, uma das taxas mais altas do mercado. Após 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida do cartão. Nessa modalidade de cartão parcelado, os juros subiram 3,8 pontos percentuais em setembro. No entanto, caíram 8 pontos percentuais nos últimos 12 meses, chegando a 185,8% ao ano.
Como os bancos defines a taxa do crédito rotativo?
No crédito livre, os bancos têm liberdade para definir as taxas de juros. Porém, no crédito direcionado, as regras se estabelecem pelo governo e focam em setores específicos, como habitação e infraestrutura, com juros subsidiados. Em setembro, a taxa média de juros do crédito direcionado para pessoas físicas foi de 9,9% ao ano, enquanto para empresas foi de 10,3% ao ano, ambas registrando queda.
No geral, a taxa média de juros, considerando crédito livre e direcionado, caiu para 27,6% ao ano. O Banco Central destacou as reduções nas taxas de capital de giro para empresas e o aumento dos juros do cartão de crédito rotativo para famílias como fatores relevantes.
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