quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Preços ao produtor sobem 0,66% em setembro no Brasil


 Os preços ao produtor no Brasil subiram 0,66% em setembro, repetindo a mesma taxa de variação registrada em agosto, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (30). Este avanço no Índice de Preços ao Produtor (IPP) marca o oitavo mês consecutivo de alta, levando o índice a um aumento acumulado de 6,06% nos últimos 12 meses.

O IPP mede a variação nos preços de produtos na “porta da fábrica”, excluindo impostos e fretes. A pesquisa abrange 24 atividades das indústrias de transformação e extrativas, com 17 dessas atividades mostrando aumento em setembro em relação ao mês anterior.

A influência dos bens de consumo no preços ao produtor

O analista do IBGE, Felipe Câmara, explicou que o resultado de setembro mostra um cenário semelhante ao de agosto. Segundo ele, “O IPP em setembro se alinha com o cenário observado em agosto, não só pela taxa de variação idêntica (0,66%), mas também pela influência dos bens de consumo não duráveis no resultado.”

A variação positiva nos preços da indústria foi impulsionada principalmente pela fabricação de alimentos, que segue sendo um fator central na alta do índice, acompanhando o aumento nos preços de produtos específicos.

Setores com maior impacto no IPP

Os setores que mais influenciaram o IPP em setembro foram:

  • Alimentos: (+0,90 p.p.)
  • Indústrias extrativas: (-0,27 p.p.)
  • Refino de petróleo e biocombustíveis: (-0,13 p.p.)
  • Papel e celulose: (-0,10 p.p.)

As indústrias extrativas tiveram a maior queda em termos de variação, com uma redução de 5,85%. Já o setor alimentício registrou um aumento de 3,70%, seguido por quedas em papel e celulose (-2,99%) e em calçados e produtos de couro (-2,01%). 

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