A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou uma queda de 0,6% em outubro na comparação com setembro, conforme dados ajustados sazonalmente. Este é o quarto mês consecutivo de declínio, sendo o mais forte desse período. No comparativo anual, a redução foi de 1,2%. Apesar da queda, o indicador continua acima do nível de satisfação, com 103,2 pontos, embora seja o menor valor desde março deste ano, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Componentes do indicador apresentam queda no consumo das famílias
A CNC constatou que quase todos os componentes da Intenção de Consumo das Famílias registraram queda, com exceção da Perspectiva Profissional, que se mantiveram estáveis. O item com maior recuperação foi o Momento para Duráveis, apresentando uma redução de 1,8%, tanto na comparação mensal quanto na anual. O Emprego Atual continua sendo o item com maior pontuação, o que indica que, apesar da cautela, os trabalhadores ainda estão relativamente satisfeitos com o cenário atual do mercado de trabalho.
Consumidores demonstram cautela em relação ao futuro
De acordo com o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, os consumidores estão mais cautelosos em relação ao consumo.
“O principal subindicador do índice foi a queda na intenção de consumo de bens retidos, que registrou um recuo de 1,8% na variação mensal. Além disso, a perspectiva de consumo no curto prazo também diminuiu 1,2% em outubro”, afirmou.
Ele acrescentou que a redução das expectativas em relação ao emprego tem sido um dos principais fatores que pressionaram a queda da intenção de consumo das famílias.
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