A China tem espaço fiscal para expandir seu apoio econômico, podendo emitir até 10 trilhões de yuans (US$ 1,4 trilhão) em dívida especial. Segundo Jia Kang, economista e ex-chefe de um instituto ligado ao Ministério das Finanças, essa medida impulsionaria o crescimento econômico do país. Jia destacou que projetos públicos financiados por esses recursos aumentariam a renda e o consumo da população.
A proposta de emissão de 10 trilhões de yuans, muito maior que o plano atual de 1 trilhão, seria comparável ao pacote de estímulo de 4 trilhões de 2008. Na época, o Produto Interno Bruto (PIB) da China quadruplicou até o fim de 2023, o que, segundo Jia, justifica um aumento considerável nos gastos públicos.
Impacto na economia da China
Jia defende que a emissão de títulos de longo prazo, com vencimentos de 30 a 50 anos, é uma estratégia segura e flexível. Ele acredita que, utilizando corretamente os mecanismos de dívida pública, o governo não será sobrecarregado. Esses investimentos ajudariam o país a crescer de forma sustentável.
Becky Liu, chefe de estratégia macro no Standard Chartered, considera realista a visão de Jia. Para ela, a disposição do governo chinês em manter o apoio à economia é mais importante do que a quantidade de recursos disponibilizados. Segundo Liu, a China continuará a expandir sua política fiscal até que a economia do país se estabilize. “Se não for suficiente, haverá mais até ser o bastante”, afirmou Liu.
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